30 de set. de 2009

O que se pode apagar e o que não pode


“...esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades” (Sl 51.9)

“Lembra-te de mim e não apagues as beneficências que eu fiz à casa de meu Deus e para o seu serviço” (Ne 13.14).
São duas orações diferentes:
a do rei Davi e a do governador Neemias.
A súplica de Davi e para que Deus apague alguma coisa; a súplica de Neemias e para que Deus não apague alguma coisa.
O que é apagável é o pecado.
O que não se pode apagar é a virtude.
Qualquer falta de conformidade ou transgressão da lei de Deus precisa ser confessada e apagada.
Qualquer comportamento de conformidade com a lei de Deus precisa e será galardoado.

Portanto, Deus vê tanto um como o outro, vê e reconhece tanto o pecado como a virtude.
O Pecado quando confesso em profundo arrependimento , Ele apaga.
A virtude, Ele recompensa depois de sua comprovação e continua repetição.
Na verdade não há situação mais desconfortável do que a do pecado não apagado. Qualquer pecado precisa ser apagado, coberto, perdoado e lançado “ nas profundezas do mar” (Mq7.19).
Daí o texto com a súplica de Davi, “ quando o profeta Natã veio ter com ele, depois de haver ele possuído Bate-Seba” ( título do salmo 51).
Nesse salmo, o pecador Davi, pede ao Senhor que o livre completamente de sua iniquidade e o purifique de seu pecado, além de apagar as suas transgressões (Sl 51.2,7).
Ele queria ficar limpo, mais alvo que a neve, e recuperar a alegria da salvação (Sl 51.12).
E conseguiu tudo isto, porque “Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça ( I Jo 1.9).
Por outro lado não há situação mais animadora e encorajadora do que as boas obras não apagadas.
As boas obras agradam a Deus e promovem a sua glória e crescimento do seu reino entre nós, “pois somos feitura dele, criados em Jesus Cristo para boas obras, as quais (Deus) de antemão preparou para que andássemos nelas” ( Ef. 2.10).
Daí as palavras de Jesus no Sermão do Monte:
“ Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16).

Esta foi a oração de Neemias queria e pedia a Deus, a semelhança de Moisés, “ Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim confirma a obra das nossas mãos”( Sl 90.17), que o Senhor os recompensa-se por todos os seus esforços, depois da reconstrução dos muros, da cidade de Jerusalém e da restauração espiritual do seu povo.
A oração em favor do que se pode apagar e a oração em favor do não apagável vão depender de nossa conduta diante de Deus.
Com certeza, ambas serão necessárias em circunstâncias diferentes.
Necessitamos aprender a fazer uma e outra.

Rev. Sérgio Paulo

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