19 de dez. de 2009

Mulheres de Fé: A filha de Faraó

Uma mulher respeitada pelo povo judeu e que sem dúvida estava no topo da lista dos chamados “gentios justos”, ou seja, pessoas que não pertenciam à nação de Israel, mas foram usadas por Deus para ajudar seu povo de maneira significativa.
Esta foi a filha de Faraó, uma mulher notável da alta dinastia, que por sua coragem e compaixão entrou para a história dos israelitas por salvar da morte e adotar, o bebê que seria o futuro libertador de Israel.
O relato Bíblico sobre esta nobre mulher está no Antigo Testamento, livro de Êxodo, capítulo 2.
Numa época em que o Faraó decreta a morte de todo recém-nascido hebreu do sexo masculino, um bebê é salvo pelas parteiras, permanece escondido por sua mãe durante 3 meses, e após ser colocado em um cesto e lançado ao rio Nilo é encontrado, por nada mais, nada menos que a princesa filha do Faraó, quando ela banhava-se no rio acompanhada por suas servas.
Ao abrir o cesto e ver a criança chorando, seu coração moveu-se de profunda compaixão, e embora não tivesse filhos, logo pensou na angústia da mãe hebréia que para salvar seu filho do decreto do Faraó o lançou ao rio.
O menino foi adotado pela princesa que sem saber contratou Joquebede, a mãe verdadeira de do bebê para amamentá-lo e educá-lo.
De acordo com historiadores, com a idade de 12 anos o menino foi levado ao palácio e passou a ser reconhecido oficialmente como filho da filha de Faraó, então recebeu o nome de Moisés.
Uma mulher que desconhecia o preconceito, uma defensora dos inocentes, esta era a filha de Faraó, uma mulher virtuosa.
Ela ofereceu o melhor para Moisés, desde a formação do caráter por sua mãe biológica, até a educação de um príncipe, conforto e amor.
Toda mulher que é sensível as impressões de Deus é uma mulher de fé, mesmo que ainda não esteja entre o povo de Deus.

Uma rainha muito importante, mulher de admirável beleza, dona de forte personalidade, um exemplo de competência e bom senso, Vasti é seu nome. Seu império compreendia toda a Pérsia, sendo dividido em vinte e sete províncias, que iam desde a Índia até a Etiópia.
Seu marido era o rei Assuero, também chamado de Xerxes.
O breve relato de sua história está no Antigo Testamento Bíblico, no livro de Ester, capítulos 1 e 2.
O rei Assuero gostava de dar grandes festas, onde costuma exibir as riquezas do reino, o luxo e o esplendor de sua corte.
No fim de uma dessas festas que durou uma semana, quando o rei e seus convidados nobres e plebeus estavam completamente bêbados, Assuero decidiu mostrar a beleza da rainha aos convidados embriagados, por considerá-la o ponto máximo de ostentação do reino.
Vasti também dava uma festa às esposas destes convidados no palácio real, e se recusou a atender ao pedido do rei.
A Bíblia não registra o motivo, o que leva alguns historiadores a pensarem que a rainha o fez por respeito a própria dignidade não se deixar ser vista como um objeto real.
O que não deixa dúvidas é que se o rei não estivesse bêbado não teria feito tal pedido.
Diante da recusa da rainha, o rei ficou furioso, e seguindo a orientação dos conselheiros reais, decretou uma lei onde Vasti nunca mais poderia entrar na presença do rei Assuero, e sendo deposta outra mulher deveria ocupar seu lugar.
Depois disso não há mais relatos sobre como ela terminou seus dias. Vasti era uma mulher pagã, mas nela encontramos características de uma mulher de fé: coragem e integridade.
Defendeu sua honra como mulher e como rainha, ainda que isto lhe custasse a um alto preço.
Ela foi fiel à sua consciência, ainda que isso representasse ter uma atitude desafiadora.

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