9 de dez. de 2009

Os Envangelicos e o Suicidio


A morte da atriz Leila Lopes traz novamente a tona um assunto extremamente delicado: O suicídio.
O tema é polêmico e altamente conflitante.
No mundo um número incontável de pessoas em virtude dos motivos mais variados se suicidam trazendo fim a uma vida de sonhos, perspetivas e esperança.
Falar de suicidio ainda é um tabu.
Em alguns países existe um acordo jornalistico de que noticias do tipo não devem ser divulgadas pela imprensa simplesmente pelo fato de que a informação de que alguém tirou a sua própria vida poderá levar a outros a desejarem fazer o mesmo.
O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines.
O significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar).
Esta conotação aponta para morte intencional ou auto-infligida.
Num aspecto geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção de provocar a própria morte.
Na minha opinião o suicídio é a conseqüência DIRETA de uma perturbação psíquica.
A tensão nervosa que envolve o individuo, os problemas vividos no cotidiano, além da frágil capacidade emocional de suportar pressões corroboram para o desejo de tirar a prória vida.
Na idade média a igreja proibia honras fúnebres aos suicidas, além de determinar que aquele que não tivesse obtido sucesso em uma tentativa deveria ser excomungado.
Os familiares dos suicidas eram deserdados e vilipendiados enfrentando os preconceitos sociais.
Apenas na Renascença a humanidade dos suicidas foi reconhecida, o romantismo desse período forjou em torno do tema uma determinada áurea de respeitabilidade.
Alguns fatores são comuns aos indivíduos que tentaram ou cometeram suicídio.
Por exemplo:

a) O suícidio é mais freqüente nas idades que delineiam as fronteiras da vida, como a puberdade e a adolescência, e entre a maturidade e a velhice.
Um ponto significativo a ser analisado, é que os casos de suicídios foram extremamente raros nos campos de concentração, o que reforça a evidência de que as condições exteriores (mesmo as mais brutais) não explicam o fenômeno.
Além disso, o suicídio é mais comum em nações ricas e ocorre com mais freqüência na classe média.
B) Por razões não completamente esclarecidas, as mulheres cometem três vezes mais tentativas de suicídio que os homens.
No entanto os homens são mais eficazes.
Isto porque o sexo feminino recorre aos métodos mais brandos como o envenenamento. Enquanto os homens usam armas de fogo, tendem ao afogamento, enforcamento ou saltando de grandes altitudes.
c) As doenças físicas como câncer, epilepsia e AIDS; ou doenças mentais como alcoolismo, dependência toxica e esquizofrenia, compõem alguns dos motivos que induzem um indivíduo a atentar à própria vida.
Algumas situações sociais também conduzem ao suicídio.
Podemos incluir como exemplo o insucesso no matrimônio, ou não ser casado, não ter filhos, não ser religioso, isolamento social e o fracasso financeiro.

O Site de psiquiatria Mental Help afirma que:

1) 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva.
2) Pessoas mais velhas se suicidam mais que as mais jovens.
3) Quanto mais planejado, mais perigoso no sentido de haver novas tentativas, caso essa não dê certo.
4)Qualquer distúrbio Neuropsiquiátrico aliado ao Álcool aumenta o risco de suicídio.

O Suicidio e os evangélicos:
Boa parte dos evangélicos acreditam que aquele que comete suicídio carimba o seu passaporte para o inferno.
No entanto, vale a pena enxergar este assunto por um outro ponto de vista:
As Escrituras Sagradas relatam a história de algumas pessoas que cometeram suicídio: Saul (I Samuel 31:4), Aitofel (II Samuel 17:23), Zinri (I Reis 16:18) e Judas (Mateus 27:5).
Sem a menor sombra de dúvidas a Bíblia vê o suicídio do mesmo modo que o assassinato e assim o é um auto-assassinato.
Cabe a Deus decidir quando e como a pessoa morrerá.
Tomar de assalto este por em suas próprias mãos, de acordo com a Bíblia, é atentar contra Deus."
E o que diz a Bíblia a respeito de um cristão que comete suicídio?
"Em primeiro lugar não acredito que um cristão verdadeiro cometa suicídio perca a sua salvação.
A Bíblia ensina que a partir do momento no qual a pessoa verdadeiramente crê em Cristo, ela está eternamente salva (João 3:16).
De acordo com a Bíblia, os cristãos podem ter certeza, sem sombras de dúvida, que têm a vida eterna, não importa o que aconteça.
“Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus” (I João 5:13).
Nada pode separar o cristão do amor de Deus!
“Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).
Se nenhuma “criatura” pode separar um cristão do amor de Deus, e um cristão que comete suicídio é uma “criatura”, então nem mesmo o suicídio pode separá-lo do amor de Deus.
Jesus morreu por todos os nossos pecados... e se um cristão verdadeiro, em tempo de crise e fraqueza espiritual, cometer suicídio também este é um pecado pelo qual Cristo morreu."
"Caro leitor, antes que você emita qualquer parecer é certo que todos concordamos que nenhuma pessoa racional tiraria sua própria vida e, quando isso ocorre, é um ato irracional de uma pessoa que está com algum distúrbio mental.
Isso nos leva a uma outra pergunta:
Pode o cristão sofrer de doença mental?
É claro que sim e eu pessoalmente conheço inúmeros casos.
Embora alguns especialistas argumentem corretamente que a mente humana é abstrata e, portanto, não pode adoecer, o cérebro é uma entidade concreta e está sujeito às enfermidades físicas.
As teorias sobre insanidade lidam com a diferença entre o órgão físico e os pensamentos que ele "processa", mas um fato é irrefutável desequilíbrios químicos no cérebro comprovadamente provocam comportamento irracional, chegando até e incluindo o suicídio.
Alguns cristãos estão entre aqueles que sofrem do distúrbio bipolar (são "maníacos-depressivos") e precisam tomar medicamentos (à base de lítio, etc.) para controlar a enfermidade.
Depressão severa e pensamentos sobre suicídio, junto com "vozes" que incentivam a pessoa a se matar são características trágicas dessa doença mental.
Aproveito o ensejo em afirmar que não aprovo nem tampouco reconheço que o suícidio seja uma saída àqueles que sofrem.
Acredito piamente que o Senhor Todo-Poderoso é capaz de trazer bálsamo as nossas vidas e emoções restaurando naquele que nEle crêr a alegria de viver.

Pense nisso!

Renato Vargens

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